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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Entidades e empresas discutem NR Frigorífica

No dia 28 de janeiro, entidades e empresas do setor irão discutir a NR Frigorífica, norma específica para a cadeia de aves, suínos e bovinos que entrará em vigor no segundo semestre de 2011.

A cadeia de aves já discutiu a pauta junto ao Ministério do Trabalho e agora será a vez da Associação de Frigoríficos de Minas Gerais, Espírito Santo e Distrito Federal (AFRIG), discutir o que se refere às normas de segurança nas empresas do ramo frigorífico e empresas de alimentos da cadeia de bovinos e suínos.

A norma irá abordar o aperfeiçoando das normas de segurança no que cabe às indústrias, específicas para cada ramo de atividade. A reunião tem o objetivo de coletar dados e informações que posteriormente vão subsidiar o Grupo de Estudo Tripartite que o Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho ( DSST) está criando para definir o texto que irá para consulta pública.

Na oportunidade estarão presentes os associados das entidades Afrig e Avimig (Associação dos Avicultores de Minas Gerais) que representam os setores das carnes bovina/suína e aves respectivamente. O encontro contará ainda com a presença da Coordenadora Geral de Normatização e Programas CGNOR/DSST/SIT/MTE Dra. Rosemary Dutra e representante da Promotoria do Ministério do Trabalho.

A reunião será realizada na Fiemg - sede antiga, dia 28 de janeiro de 2011 (sexta-feira), início às 9 horas, com previsão de término para às 17 horas, no Auditório Térreo Fiemg, Av. Contorno, 4.520 - Funcionários - Belo Horizonte/MG.

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Indústria prevê crescimento de 6% na Construção Civil em 2011

A estabilização da economia, o acesso ao crédito e o crescimento da renda no Brasil foram importantes para o bom desempenho da Construção Civil em 2010, disse ao Blog o diretor de economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan.

Para 2011, o Sinduscon-SP está prevendo um crescimento em torno de 6%, um pouco abaixo do registrado em 2010, que ficou em mais de 10%. “Temos que levar em consideração que o crescimento de 2010 tem como base um crescimento baixo de 2009. Por isso, de jeito nenhum o crescimento esperado para esse ano é um nível baixo”, esclarece Zaidan.

“Para entender como funciona a atividade é preciso saber que no Brasil cerca de 45% do investimento que é feito em qualquer nível de atividade passa pela mão da Construção Civil. Se investir em Saúde, tem que construir posto de saúde, reformar. Se investir em Educação a mesma coisa; se a família resolve investir em moradia, também; se a Indústria vai aumentar a produção, tem que ampliar a fábrica. Por isso, quando tem um processo de crescimento na economia você tem investimento sendo feito e a construção civil vai crescer”, disse ele.

Segundo o executivo, “o aumento do financiamento na economia brasileira, tanto em nível habitacional, que voltou em 2006 com toda força, como para as empresas, que contaram com uma política cíclica do governo de aumento de crédito, acelerou a economia e por conseguinte a construção civil que também girou com mais vigor”, explica Zaidan.

O diretor do Sinduscon ainda destaca o Programa Minha Casa, Minha Vida como outro fator que influenciou o crescimento da Construção Civil. “O programa deu acesso a população de baixa renda ao financiamento, o que não existia no Brasil. Antes, quando precisavam resolver o problema de habitação, essa parcela da população improvisava. Ia na loja de material de construção e fazia seu puxadinho, de forma improvisada. Com a volta do financiamento, ficou acessível a essa parcela da população adquirir um imóvel produzido pela indústria da construção civil”, explicou.

Outro ponto relevante é a formalização que influenciou diretamente a geração de empregos no setor. “Tivemos uma ocupação do emprego que já estava disponível quando houve uma maior demanda pelo serviço das empresas que são ocupadoras da mão de obra. E as pessoas preferem trabalhar numa empresa que tem todos os direitos trabalhistas garantidos do que ficar na informalidade”, comenta. A Construção Civil foi responsável pela geração de 333.776 empregos até novembro de 2010, sendo o quarto setor que mais gerou empregos no país.

Mão de obra

Zaidan aponta como um dos principais problemas não só do setor, mas de toda a economia brasileira, a falta de mão de obra qualificada. “O Brasil olhou com muito descaso para a Construção Civil por 20, 25 anos porque foi um setor que cresceu muito pouco a partir da década de oitenta até meados dessa década. Além disso, essa é uma atividade de longo prazo. Entre a decisão de investimento até aquele investimento ficar pronto leva pelo menos três anos. Se você não tem uma continuidade de investimento não há estímulo para você investir em qualificação. O número de formandos em Engenharia caiu muito da década de 80 para frente porque não tinha emprego para essas pessoas. E engenheiro precisa de, no mínimo, cinco anos para se formar e mais sete ou oito para ficar realmente pronto para o mercado”, pondera Zaidan.

Por: Lyvia Justino

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Estresse no trabalho

De acordo com estudo financiado pelo governo dos Estados Unidos, o estresse profissional pode cobrar um preço do coração feminino. Pesquisadores de várias instituições concluíram que mulheres com empregos que trazem muita responsabilidade, mas pouca autoridade, têm chance 40% maior de sofrer um ataque cardíaco ou derrame que mulheres submetidas a menos estresse. Medo de perder o emprego também pode prejudicar o coração. Estudos anteriores sobre a relação entre estresse profissional e doença cardíaca se concentravam nos homens. Este é o maior levantamento já feito tendo as mulheres como alvo: foram estudadas 17 mil mulheres, em um período de dez anos.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Rio ultrapassa 7 mil casos de trabalho escravo em uma década

Rio de Janeiro - Mais de 7 mil casos de trabalhadores em condições análogas à escravidão foram registrados no estado do Rio de Janeiro nos últimos dez anos. A maior parte estava no município de Campos dos Goytacazes, no norte fluminense, onde se concentra a lavoura canavieira. Os dados fazem parte de um estudo apresentado hoje (14), durante a 1ª Conferência sobre Trabalho Escravo Contemporâneo no Estado do Rio de Janeiro.

De acordo com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, só em 2009 e 2010 foram libertados cerca de mil trabalhadores. Para combater o problema, o subsecretário estadual de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Pedro Strozemberg, anunciou a criação da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo (Coetrae), reunindo várias instâncias e níveis de governo e membros da sociedade civil. "Esse é um tema que as políticas de direitos humanos, no Brasil como um todo, ainda não conseguiram resolver. O Rio de Janeiro tem um quadro grave de trabalhadores em situação análoga ao trabalho escravo, principalmente na região norte fluminense, que é mais rural", disse Strozemberg.

O estudo foi executado pelo Grupo de Pesquisa do Trabalho Escravo Contemporâneo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com a coordenação do professor Ricardo Rezende Figueira. Segundo os dados, de 2000 a 2010 foram registrados 7.398 casos de trabalhadores em regime de escravidão no estado. O campeão disparado foi o município de Campos, com 5.495 casos, 74% do total, seguido por Cabo Frio, com 1.011 casos (13%) e pelo Rio de Janeiro, com 370 casos (5%).

Strozemberg culpou a baixa fiscalização dos órgãos públicos pelos altos índices na região norte fluminense, mas assinalou que o Ministério Público do Trabalho vem aumentando o volume de operações, principalmente nos últimos dois anos, contando com a colaboração de organizações da sociedade civil. Para ser considerado como trabalho escravo, Strozemberg explicou que é preciso ter algumas características. "É um trabalhador que tem o seu vínculo estabelecido por conta de dívidas contraídas na atividade laboral e na sua manutenção. O trabalhador é obrigado a consumir e gera dívidas maiores que sua remuneração", disse o subsecretário.

Outra característica comum é a retenção dos documentos do funcionário pela empresa, que não registra o trabalhador legalmente, o que só é feito quando há um flagrante pelos órgãos competentes.

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Nova NR 12 traz proteção específica para diferentes áreas

A nova NR 12 promete revolucionar a proteção dos trabalhadores em relação às máquinas. Uma primeira olhada sobre o conteúdo já chama atenção pelo tamanho. Enquanto a versão anterior contava com um ­texto base de seis itens principais e mais dois anexos, um para mo­tosserras e ou­tro para cilindros de massa, a nova tem texto base com 19 itens principais, três apêndices, sete anexos e um ­glossário. São 14.500 caracteres, um total de cin­co pá­ginas, contra mais de 230 mil letras, o que proporcional­mente dará cerca de 80 páginas para a nova norma. Dessa forma, traz explicações bem mais detalhadas sobre ins­tala­ções e dispositivos de segurança.

"Agora é outro mundo, com explicação muito mais clara sobre o que é necessário. Uma evolução drástica do texto em si e com a criação de um grupo de trabalho permanente que vai discutir melhorias. A situação que tínhamos antes era de uma norma valendo de 1978 até 2010. A tecnologia avançou, e a norma trazia algo de 32 anos atrás. Se atualizou o texto e se coloca a ­oportunidade de uma atualização contínua", avalia o engenheiro de segurança João Baptista Beck Pinto, que coordena um GT de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente da ABIMAQ (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos), no Rio Grande do Sul.

Alterações
Criada pela Portaria 3214, de 08 de junho de 1978, a NR 12 sofreu uma primeira alteração em 1983. Em 1994, a norma ganhou o anexo de motosserras e, em 1996, o de cilindros de massas. Mais duas pe­quenas mudanças ocorreram em 1997 e em 2000. Já a publicação da nova NR 12 traz uma transformação total, alcançada de forma tripartite. O nome da norma também mudou. Agora chama-se NR 12 - Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos. "O mais importante da nova versão são as informações mínimas para que a máquina seja concebida de forma se­gura. Queremos a médio prazo uma no­va geração de máquinas", afirma a coorde­nadora do GTT da NR 12, a auditora ­fiscal da SRTE/RS, Aida Becker.

Já para os trabalhadores, há avanços em to­da a concepção da norma. "Modernizada, buscou contemplar a maioria dos dife­rentes modelos de máquinas e equipamentos inseridos nos distintos processos de trabalho. Ela se ateve aos rumos da glo­balização, com visão atual alinhada às nor­mas - nacionais e internacionais - mais re­centes; e vislumbrou proteger, de fato, os envolvidos no processo de fabricação, en­­volveu compradores e usuários, e vis­lum­brou a segurança no ambiente ao redor da máquina. Em sua nova roupagem, vejo como um dos melhores trabalhos ge­rados pelo processo tripartite e dará uma no­va dimensão à Segurança do Trabalho a grande parte dos setores produtivos", analisa o técnico de segurança do Sindicato dos Meta­lúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, Adonai Ribeiro.

Fonte: Revista Proteção
Imagem: Beto Soares