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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Plataforma da OSX é interditada por falta de segurança

Primeira plataforma de petróleo do grupo do empresário Eike Batista, a OSX-1, montada na Coreia e em Cingapura, chegou ao Rio há um mês com problemas sérios na área de segurança. Para não colocar em risco a vida dos 80 tripulantes, o Ministério do Trabalho interditou a embarcação, que está proibida de zarpar do porto do Rio de Janeiro rumo ao campo de Waimea, na Bacia de Campos.

A OGX previa para o mês que vem a extração da primeira carga de petróleo pela plataforma, em Waimea, campo em águas rasas (130 metros de lâmina d’água), a 80 km da cidade de Arraial do Cabo, na Região dos Lagos do Estado do Rio. A petroleira e a OSX, contratante da plataforma e braço naval do grupo EBX, a holding controlada por Eike, já montaram campanha publicitária enaltecendo o feito, batizada "O Primeiro Óleo".

Agora, a data deverá ser revista. A OSX-1 foi interditada no último dia 28, depois de vistoria realizada na véspera pelo auditor Carlos Alberto Saliba, do Ministério do Trabalho e Emprego, e pela procuradora Flávia Veiga Bauler, do Ministério Público do Trabalho.

Com base no relatório que apresentaram e no auto de infração lavrado no local da vistoria, o Ministério do Trabalho no Rio decidiu vetar a saída da plataforma - modelo FPSO - da Baía de Guanabara. Na notificação, a procuradora lista 45 irregularidades constatadas no decorrer da auditoria. Entre elas, a ausência de extintores de incêndio adequados. "A plataforma não está preparada para operar. Não senti a preocupação da empresa em adequar a plataforma, construída na Ásia, aos nossos padrões de exigência de segurança. Os extintores de incêndio, fundamentais em uma plataforma de petróleo, não têm certificado de aprovação pela autoridade brasileira", disse a procuradora.

De acordo com o documento, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) não seguem os padrões de segurança normatizados pela legislação brasileira e estipulados pelo Inmetro. São EPIs os capacetes, luvas, óculos, botas e uniformes (do tipo macacão) usados pelos petroleiros nas plataformas petrolíferas.

Os especialistas concluíram ainda que o trabalho em espaços confinados é perigoso, porque o sistema de detecção da presença de ácido sulfídrico não foi considerado eficiente e a ventilação inexiste. Além disso, a iluminação da plataforma é precária. Assim, o trabalho noturno está proibido pelo ministério.

Altura
A vistoria constatou também a fragilidade dos andaimes, o que torna arriscado o serviço em alturas; a existência de instalações elétricas inadequadas; o sistema de detecção de gases fora dos padrões mínimos de segurança; e a falta de treinamento dos profissionais para a manipulação de equipamentos fundamentais à segurança da embarcação, como a caldeira e a rede de vasos.

"Nossa preocupação é que a empresa está mantendo a entrada em operação para dezembro. Sinceramente, não vejo como corrigir todas as irregularidades em tão pouco tempo", acrescentou Flávia, que planeja entrar na Justiça com uma ação civil pública caso a OSX e a OGX insistam em iniciar os trabalhos da unidade sem fazer as correções exigidas. Se isso ocorrer, ela pedirá uma liminar que determine a interdição judicial da plataforma.

A vistoria do Ministério do Trabalho e do Ministério Público não decorreu de denúncias apresentadas por sindicatos do setor petrolífero. Ela faz parte dos trâmites burocráticos anteriores à liberação de uma plataforma de petróleo.

A primeira audiência entre o Ministério Público do Trabalho, o Ministério do Trabalho e a OSX está marcada para o dia 23, em Cabo Frio, uma das bases da fiscalização das condições de trabalho nas unidades espalhadas pela Bacia de Campos. O ministério informou que a interdição está mantida até a data da reunião, embora na terça-feira a Superintendência do Rio tenha flexibilizado a medida diante "da comprovação da empresa do cumprimento de parte das exigências contidas no termo de embargo".

Segundo o ministério, o desembargo parcial não significa que a OSX-1 tenha autorização para seguir até a Bacia de Campos e iniciar a extração de petróleo. Há pendências importantes que impedem a liberação da plataforma por enquanto.

Fonte: O Estado de S. Paulo

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Fiscais do Ministério do Trabalho tem apoio da polícia para fiscalizar obras



Fiscais do Ministério do Trabalho passam a usar até polícia contra quem insiste em não respeitar as regras de segurança no trabalho. Um engenheiro foi dar explicações sobre a acusação de descumprir determinações de fiscais do Ministério do Trabalho.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O maior evento de SST e Emergência

A 15ª edição da PrevenSul - Feira e Seminário de Saúde, Segurança do Trabalho e Emergência ocorrerá de 30 de maio a 1º de junho de 2012, no Expo Unimed Curitiba, em Curitiba (PR), onde são esperados mais de 10.000 visitantes, entre profissionais das áreas de SST e Emergência, empresários e compradores.

Seguindo a tradição, serão apresentadas novidades tecnológicas do setor, por meio de produtos e serviços destinados aos visitantes. Congressos, seminários e workshops acontecerão paralelamente à Feira, reforçando ainda mais a qualidade do evento e dos profissionais que buscam informação e aperfeiçoamento.


terça-feira, 1 de novembro de 2011

Andaime quebra e operários ficam pendurados a 30 metros de altura

Acidente aconteceu em Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Eles ficaram quase meia hora presos só pelas cadeiras de seguranças.



O andaime onde dois funcionários trabalhavam em uma obra se partiu ao meio e eles ficaram pendurados por quase meia hora no décimo andar de um prédio em Praia Grande, no litoral de São Paulo, nesta segunda-feira (31). Os operários ficaram pendurados pelas cadeiras de seguranças, que são fitas amarradas ao corpo.

A vizinhança chamou os bombeiros para resgatá-los. Com cuidado, os bombeiros tiveram que puxar primeiro um e depois o outro para dentro do apartamento do décimo andar.

“Eles estavam com o equipamento de segurança, apoiados no cabo de aço que havia no andaime. Nós fizemos o trabalho de içá-los para o interior do apartamento”, explicou o sargento do Corpo de Bombeiros Aparecido Bispo.

O ajudante de pedreiro Paulo Ricardo de Almeida disse que conseguiu manter a calma a 30 metros de altura. “Eu estava tranquilo. Ele estava mais tenso. Para ele era mais perigoso, porque uma viga de aço ameaçava cair na cabeça dele”, afirmou.

“Estava mais perigoso para mim, porque a viga ameaçava cair”, disse o pedreiro Severino Lino Pereira.

Fonte: G1